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Diagnóstico em Dívidas

Atualizado: 4 de fev. de 2022


Quando falamos em dívidas ou mesmo créditos em relação a um governo, tendemos a colocar tudo em um mesmo saco. Embora essa prática seja algo compreensível na imprensa, por exemplo, dentro da administração de um município ou estado essa noção não pode ser copiada. É precisa saber que, dentro de um estoque de dívidas, um diagnóstico é um dos passos iniciais inadiáveis.


No meio público, falamos em estoque da dívida como sendo o montante total de saldos devedores, independentemente de sua origem. Esse estoque inclui todos os pagamentos que deveriam ter sido feitos a um órgão do Poder Público, uma prefeitura, por exemplo, e por qualquer razão que seja não foram efetuados. Dentro desses imensos montantes, existem dezenas ou mesmo centenas de dívidas com perfis completamente diferentes: algumas são de pessoas, outras de empresas ou até mesmo órgãos públicos; parte delas corresponde a impostos, mas outra parte é originada de multas ou mesmo de títulos de outra natureza; parte dessas dívidas está atrasada em meses ou apenas semanas, mas algumas delas já seguem anos em atraso, prestes a prescrever.

Cada devedor possui seu próprios motivos e razões, justos ou não, para que incorra no não pagamento de uma prestação. Entretanto, se não separamos aqueles que simplesmente não têm recursos para arcar com essas responsabilidades de outros que simplesmente sonegam suas dívidas deliberadamente, estaremos sujeitos a não receber as parcelas em atraso nem de um e nem de outro.


Separando o joio do trigo

O diagnóstico é o que permite, dentro de um processo eficaz de cobrança, que possamos decidir a melhor abordagem para recuperação dos créditos em aberto em cada um dos casos que se apresentam. Os fatores que podem emergir dentro de um diagnóstico de dívidas envolvem tanto o perfil das parcelas em aberto em si quanto as características do próprio devedor, além de outros fatores:


  • Montantes e valores envolvidos;

  • Tempo de atraso dos pagamentos;

  • Número de parcelas em atraso;

  • Natureza da dívida em questão;

  • Existência de acordos ou parcelamentos;

  • Existência de pendências e ações judiciais.

Tudo isso irá influir não apenas no grau de dificuldade do Poder Público em reaver o débito, mas também no modo com que cada um dos créditos deverá ser cobrado. Além disso, quando categorizamos e separamos dívidas conforme certas características, somos capazes de observar padrões: e é neles que está a verdadeira arma secreta de um bom sistema de cobrança.


Fugindo do genérico

“Dívida” é um termo extremamente genérico. Há dívidas de toda natureza, e muitas delas sequer possuem um caráter necessariamente financeiro. E mesmo dentro daquelas que podem ser estabelecidas como pecuniárias, ou seja, possuem valor monetário equivalente, há dezenas, talvez centenas de tipos diferentes delas. Cada dívida possui uma forma diferente de pagamento, exerce uma importância distinta dentro da vida do devedor e possuirá mecanismos de cobrança que serão mais ou menos eficientes, a depender do contexto.

Ao criar rotinas de análise e diagnóstico de dívidas, precisamos levar em conta as necessidades do ente público na hora de arrecadar, assim como características legais e financeiras relativas a essas pendências. Contudo, se não atentarmos principalmente para os fatores humanos envolvidos nas dívidas, provavelmente o retorno de nossos processos de cobrança deixará muito a desejar.


Uma vez que você saiba com quem está lidando, é preciso conhecer o perfil desses devedores. Suas necessidades, sua conduta, seu histórico e, porque não, suas próprias emoções e o modo com que enxerga suas responsabilidades e obrigações.

Nunca se esqueça disso: aqui estamos tratando de algo extremamente técnico, porém qualquer estudo em relação à gestão, de cobranças ou qualquer outra coisa, precisa sempre partir do comportamento humano para atingir o máximo de eficiência.


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